A cegonha que tanto conheço
É uma cegonha não muito nova não muito velha. Ela tem um ninho na chaminé de uma casa já em ruínas perto da estação ferroviária. Ela já lá vive há uns dois anos. Dá grandes passeios a sobrevoar as paisagens da cidade de Castelo Branco. Ela voa a alta distância do chão. A Grande Voadora foi o nome que eu lhe dei.
Eu vejo-a a todos os dias a carregar paus no seu bico pontiagudo e afiado. Come lagartas, minhocas, insectos, cigarras, rãs, ratos… Tem duas crias muito gordas a quem ela adora muito.
A Grande Voadora tem pernas muito altas, cabeça redonda, penas pretas nas pontas, um bico laranja muito afiado e o corpo todo branco.
A chaminé onde ela tem o seu grande e pesado ninho mede cinco, seis metros. Cada vez que a minha carrinha passa perto dela ela sabe que sou eu. É uma cegonha com grande visão, por isso ela consegue ver qualquer presa. É muito raro, ela sair do nosso distrito, só se for para emigrar.
Tiago Roxo
A cegonha que eu conheço
Eu conheço uma cegonha que vive na Carapalha. O seu ninho foi feito de paus, musgo e penas. Ele situa-se num sítio muito alto, na chaminé de um prédio com cinco andares. Eu costumo vê-la quando vou para a natação. Aquela cegonha come, sapos, rãs, cigarras e outros insectos.
Numa quarta-feira fui à natação e disse à minha mãe que a cegonha que eu conheço não estava lá. A minha mãe explicou - me:
- Filha, as cegonhas não estão sempre cá.
- Se calhar foi para África! – disse eu.
-Sim, foi procurar um lugar mais quente e com mais alimentos.
Aprendi que as cegonhas não estão sempre cá e também já sei outras coisas sobre as cegonhas. Agora, quando chega o frio, a cegonha que eu conheço despede - se de mim para ir embora. Fico triste quando ela se vai embora, mas quando a Primavera volta olhamos uma para a outra e matamos as saudades.
Maria Inês Neves
A minha amiga cegonha
Há uma cegonha que vive ao pé da minha casa. Ela nunca sai daquele ninho, só quando vai buscar a comida aos dois filhos. Eu costumo chamar-lhe Pérola. Ela costuma trazer minhocas no bico. Eu, quando estou no carro para ir almoçar, vejo-a voar pelo meu bairro até ficar cansada e depois poisa na chaminé da fábrica velha e fica lá.
No domingo passado, eu fui à casa da minha avó e reparei que ela estava em cima do telhado com o seu bico enorme e unhas grandes.
Mas, um dia, não conseguia voar e eu não sabia o que tinha acontecido. O que vale é que já está boa e agora anda por aí. Ainda costumo vê-la. Só espero que a veja à hora do almoço e esteja bem.
António Nabais
Uma família de cegonhas
Num dia de sol, em Janeiro, em Salvaterra do Extremo duas cegonhas brancas preparavam o seu ninho na torre da igreja. As cegonhas tinham tido duas crias.
À tarde, o macho tinha ido procurar comida. A fêmea ficou no ninho a tomar conta dos filhotes. Finalmente, a cegonha tinha voltado, mas valeu a pena esperar porque, tinha trazido muita, muita comida. Ela trouxe: peixes, insectos, cobras...
As cegonhas brancas não se dão lá muito bem com as da outra espécie, as cegonhas pretas. Quando encontram um ninho de cegonhas pretas no mato, fogem, logo, porque têm receio de entrar em conflito com a família delas.
Este dia tinha sido muito feliz para as cegonhas, porque tinham tido o seu terceiro filho.
Vou ter saudades daquela família maravilhosa, pois vai para África e só volta na Primavera.
Miguel Silva
A minha cegonha
A minha cegonha tem um metro e pesa três quilos. A minha cegonha costuma comer minhocas, insectos e rãs. Todos os dias passa por cima da minha casa.
Como gosto dela homenageei-a chamando-lhe Flash, porque ela gosta de tirar fotografias às paisagens que sobrevoa. Quando chega o Inverno ela viaja até África e quando volta a Primavera ela dirige-se para o seu ninho e conta-me tudo sobre esse continente que eu gostaria de conhecer, porque o meu pai nasceu lá.
A cegonha é só minha porque ela é muito elegante e tem um bico gigante e laranja. Eu gosto dela e ela de mim!
A Flash tem um ninho numa chaminé alta que fica ao pé da estação dos comboios. Ela escolheu aquele lugar porque gosta de ver as pessoas que a admiram.
Quando cai a noite e eu assobio, ela vem ter comigo, poisa na janela do meu quarto e conversamos juntas. Ela é a única que sabe os meus segredos!
Beatriz Alcaim
Uma cegonha curiosa
Eu conheço uma cegonha. Ela, a uma certa hora, bate o bico. Tem o seu ninho no cimo de uma chaminé. Ela gosta de conhecer o concelho de Castelo Branco.
Eu homenageei-a chamando-a Curiosa, porque ela gosta de conhecer coisas novas. Sempre que a vejo e ela desce do ninho, dou-lhe pão. Não sei se ela gosta, mas come.
Às vezes, quando estou em casa à janela, passa à minha frente.
A minha cegonha teve um filho e eu gosto muito dele. Ela aproveita as suas penas para fazer o ninho.
Quando voa ela estica as pernas para trás para não lhe incomodar o voo.
Mariana Domingues
Um dia diferente
Era uma vez uma cegonha que estava no seu ninho a olhar para todo o lado e eu pensei que estava à procura de uma rã para o seu almoço. Voltei a olhar para ela e pareceu-me que estava para levantar voo.
No dia seguinte, quando acordei, ouvi qualquer coisa a bater no vidro da minha janela. Cheguei as cortinas para os lados e vi a mesma cegonha que tinha visto no dia anterior e logo de seguida abri-lhe a janela. Reparei que ela estava um pouco ferida na asa e a tentar falar comigo. Então disse:
- Ajuda-me! Tenho frio e estou magoada na minha asa.
- Espera só um pouco que eu já te trago uma ligadura e uma manta bem quentinha. – disse eu para sossegar a cegonha.
Quando eu fui buscar a manta perguntei a mim própria como é que eu tinha conseguido falar com uma cegonha. Mas a minha preocupação era ajudar a cegonha e depois de a ter ajudado ela disse:
- Desculpa, eu chamo-me Belmira.
- Muito prazer. Tu queres fazer alguma coisa? – perguntei eu à bela cegonha.
- Claro que quero. Podemos brincar. - respondeu a Belmira.
- Pois podemos. Mas deixa-me arranjar. – disse eu.
Foi um dia inesquecível, mas quando chegou a hora de ir para casa ficamos tristes por uma razão e felizes por outra. Tristes porque o dia terminou e felizes porque ficámos amigas para sempre.
Ana Castilho
A cegonha
Era uma vez uma cegonha que vivia em África e veio para Portugal. Quando chegou a primeira coisa em que pensou foi arranjar uma casa, mas não conseguiu.
No dia seguinte, foi apanhar rãs, cigarras, cobras, insectos, minhocas e peixes. Ela lá conseguiu arranjar uma casa. Fez um belo ninho com musgo, paus e penas, no alto da chaminé de um prédio.
Quando chegou a Primavera teve 5 filhotes muito fofinhos. Eles foram crescendo até ficarem da altura da mãe.
No Outono, a cegonha voltou para África e levou os filhotes. Na próxima Primavera voltará para Portugal.
Hugo Gonçalves
A minha cegonha
Era uma vez uma cegonha que vinha de África. Demorou, mas, depois de alguns dias, chegou a Portugal.
Ao longe viu uma chaminé altíssima. Era a chaminé de uma fábrica. À volta havia muitas casas onde as pessoas dormiam descansadas. A cegonha ali fez o seu ninho e, quem morava perto acordou muito cedo, com o bater do seu bico.
Ela foi à procura de comida. Foi para o campo à procura de répteis para levar para o ninho. Também foi ao lago em busca de rãs.
A cegonha voou por cima de telhados, ruas e jardins.
Um dia, quando eu acordei, fui à janela e lá estava ela no seu ninho.
Quando eu vou para a escola vejo-a por cima de mim a voar. Ela passou a ser minha amiga porque eu quando acordo e vou à janela ela olha para mim com os seus olhos brilhantes.
Eu gosto muito de a ver a voar com as suas patas longas, com as suas asas pretas, com o seu corpo branco e com o seu enorme bico laranja. Ela nunca se irá embora porque já se habituou ao nosso clima. Parece que ela gosta muito de Castelo Branco, porque é uma cidade limpa.
Tatiana de Almeida
A melhor cegonha do mundo
Estava uma noite de estrelas e eu vi uma cegonha a nascer no cimo da torre de uma igreja. Só me apetecia pegá-la ao colo.
A cegonha cresceu e eu também. Ia para a escola sempre a pensar nela, se lhe havia de fazer um laço azul para saber qual ela era.
Quando voltei da escola, fui a um sítio, que eu sei, buscar uma cigarra. Assim seria mais fácil apanhar a cegonha e colocar-lhe o laço azul.
Então eu agitei o frasco onde tinha presa a cigarra. A cegonha comeu o insecto e depois eu fiz-lhe festas. Aproveitei e consegui colocar-lhe o laço. Disse-lhe:
- Vou dar-te um nome, que tal Violeta?
Ela abanou a cabeça, porque tinha gostado do nome. E assim ficou Violeta.
No Outono, a cegonha Violeta partirá para África, mas virá, sempre, despedir-se de mim. Eu fico com saudades. Quando voltar, na Primavera, eu vou preparar-lhe um lanche de répteis (menos cobras) para ela comer quando chega.
Será bom o reencontro. Ambas exclamaremos:
- Eu adoro-te!
Carolina Ferreira
A minha amiga cegonha
Um dia, quando estava na minha quinta, vi uma cegonha no meio das ervas.
Aproximei-me um pouco, mas muito devagarinho e observei-a. Ela procurava qualquer coisa no chão, talvez alimentos.
Gostei tanto dela que até lhe dei um nome. Querem saber qual foi? Belmira foi o nome que escolhi para ela, porque é uma cegonha bela e vê bem.
Ela era muito alta, tinha um bico comprido e era branca.
Mas a noite começou a chegar e tive que me ir embora, tive tanta pena de deixar a “minha amiga Belmira”, mas teve de ser.
No dia seguinte, fui novamente para a minha quinta. Fiquei tão surpreendida ao ver a minha amiga cegonha outra vez, parecia que tinha gostado de mim e não só, também tinha gostado do sítio.
Ela ficou a viver em Castelo Branco e… De vez em quando vem fazer-me uma visita!
Íris Veloso
Aquela Cegonha
Quando vou para a escola, todos as manhãs, passo por uma cegonha que me faz ficar a pensar. Todos os dias, àquela hora, ela abre as suas duas asas. E pergunto-me: “Estará a acordar? Se calhar também se espreguiça.”
Quase às dezanove horas ainda está a alimentar os seus filhotes e penso: “Será que as cegonhas também tomam o pequeno-almoço, o almoço e o jantar?”
À noite já no conforto da minha cama coloco-me outra pergunta: “Será que essa cegonha olha para mim como eu olho para ela?”
Se calhar, algum dia bate-me à janela. Por enquanto, isso ainda não aconteceu, mas porque não? A esperança é sempre a última a morrer.
O ninho dela situa-se nas ruínas de uma fábrica no topo de uma chaminé e é todo feito de paus bem arrumados.
Aquela cegonha
Que me faz pensar
Logo de manhã
Depois de acordar.
Estará a acordar?
É uma das perguntas
Mas, ainda, haverá
Muitas, muitas, muitas…
Nas ruínas de uma fábrica
Está um ninho pousado.
Está cheio de pauzinhos
Cada um bem arrumado.
Miguel Rodrigues