quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Seres Sem Exemplo

Estranhões e Bizarrocos
nós quisemos inventar.
Desenhámos, pintámos,
reutilizámos,…
Nasceram!...
Seres impossíveis
que nos fazem espantar!
São seres sem exemplo,
diferentes, divertidos,
esquisitos,
coloridos e brilhantes!
Importantes!
Seres incríveis,
com um olho ou mil olhos
e cabelos aos molhos!
Seres terríveis? Não!
Com bocarras bem abertas,
escondidas,
disfarçadas e perdidas,
em corpos redondos,
bicudos,
gordos, magros e tortos.
Defeituosos!
Famosos!
Com eles vamos
brincar, pensar,…
Sonhar!




Dorrepetoar é um monstro com duas cabeças e com muitas cores.
Ele gosta de comer pesadelos e protege os sonhos para as crianças não terem medo do escuro.


Crislófego é um estranhão que vive nas tocas e adora saltar.

Bigão vive na imaginação das crianças.
Ele esconde-se nos seus bolsos.


Landotas gosta de correr, saltar e brincar com as crianças.
Ela gosta de comer minhocas e outros animais e de beber leite.
É muito colorida.


Dameu é um estranhão que come milho e outras coisas.
É muito sorridente e amigo das crianças.
Mora nos buracos e gosta de saltar e de voar.


Agente KK gosta de fazer corridas com os seus companheiros.

Bibibicigão só come madeira.
Vive no mato e é um animal sem exemplo.


Doidavelha é um ser estranhíssimo.
Vive em casas velhas e abandonadas.
Alimenta-se de aranhas.


Oracopas  é um ser que come facas e bebe sopa.
Ele vive no país do Faz de Conta.


Repnon é um bizarroco às cores e muito saltitão.
É um animal que se esconde nas antigas cavernas.


Idiceli vive numa garagem e passa o tempo a esconder as peças dos automóveis.

Bicopos é uma árvore sem exemplo e vive no jardim de uma fada.

Trabutalote é um animal que transporta qualquer ser humano.
Vive em todos os lados por onde viaja e come ovos.


Madada vive no horizonte.
Gosta de comer tinta.
Ela serve para assinar por nós.

Oracopas é um ser estranho que a jogar às cartas joga sempre copas.
Vive nas dunas de areia muito quente.
Pesa mais 100 quilos que uma cobra.
Come latas de salsichas e latas de atum.


Remelhão voa e vive no ar, num ninho grande.
Gosta de tudo o que seja metal.


Orechapi vive na terra dos milchapis.
Os
orechapis vivem mais de 1000 anos e são conhecidos pelos papa minhocas, porque adoram comer minhocas.
Comem 50 toneladas por dia.


Equilotas é um ET que mora em Marte.
Alimenta-se de meteoritos muito pequenos.


Animaliana é um animal que gosta de cores e vive no arco-íris.
Ela já vive há 91000 anos.

Cropli come plástico e metal.
Ele vive numa caverna muito fria e salva pessoas.


Chau luta contra os maus.
Vive numa gruta e voa.
Já tem mais de 9000 anos.
Gosta de comer peixe e ferramentas.


Mónei come moscas.
Ele gosta de andar à noite na rua a assustar os adultos.


Luziluzi vive nas cavernas azuis.
Alimenta-se de moscas, morcegos, ratos, madeira e de pedras.
Só dorme uma hora por dia e nunca se cansa.



Antes de terminar o ano de 2010, quisemos publicar este trabalho do ano lectivo anterior, para homenagear a imaginação e a criatividade.
O trabalho foi realizado a partir da história «Estranhões & Bizarrocos», de José Eduardo Agualusa.

domingo, 26 de dezembro de 2010

HISTÓRIA ANTIGA

Era uma vez, lá na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava, e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.
E, na verdade, assim acontecia.
Porque um dia,
O malvado,
Só por ter o poder de quem é rei
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da Nação. 
Mas,
Por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora,
Fugiu
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças.

Miguel Torga
Antologia Poética
Coimbra, Edições do Autor, 1981

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

NATAL

«Enxuto e quente, o Garrinchas dispôs-se então a cear. Tirou a navalha do bolso, cortou um pedaço de broa e uma fatia de febra, e sentou-se. Mas antes da primeira bocada a alma deu-lhe um rebate e, por descargo de consciência, ergueu-se e chegou-se à entrada da capela. O clarão do lume batia em cheio na talha dourada e enchia depois a casa toda.
- É servida?
A Santa pareceu-lhe sorrir outra vez, e o menino também.
E o Garrinchas, diante daquele acolhimento cada vez mais cordial, não esteve com meias medidas: entrou, dirigiu-se ao altar, pegou na imagem e trouxe-a para junto da fogueira.
- Consoamos aqui os três – disse, com a pureza e a ironia de um patriarca – A Senhora faz de quem é; o pequeno a mesma coisa; e eu, embora indigno, faço de S. José.»

Miguel Torga, "Natal" in «Novos contos da montanha».


Clica aqui e terás mais um pedacinho de Natal.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Festa de Natal

No dia 17 de Dezembro,  fizemos a Festa de Natal da nossa Escola. Foi empolgante! Até fizemos um comboio de pessoas!

Beatriz Alcaim


Feliz foi esse dia
Estávamos todos juntos
Sentimos o Natal
Todos cantavam
Até fizemos um comboio 

De repente o ginásio
Encheu até não caber mais

Nós tivemos três colegas
A receber uma medalha
Todos gritámos
A chegada deles ao palco
Lá se foi esse dia, infelizmente! 


Miguel Rodrigues



Na festa de Natal houve muitas actividades.
As filhoses e rabanadas eram saborosas! 
Todas as turmas vieram festejar.
A festa foi tão animada!
Lá, na festa, houve alegria e muita diversão.

Miguel Silva


A festa de Natal

No corta-mato participei
Corri e corri até que à meta cheguei
Mais tarde uma rabanada fui comer
E a seguir ao ginásio fui ter
Juntos cantámos canções de Natal
E não o fizemos nada mal!!
No final do dia
Chegou a hora da despedida
Bom Natal e boas férias
Até qualquer dia

Mariana Galvão



Na festa de Natal senti-me feliz.
As filhoses e as rabanadas estavam deliciosas!
Também ganhámos o corta-mato.
Adorei cantar as canções de Natal!
Lá, no ginásio, estavam todas as turmas.

Hugo Gonçalves



Neste dia especial senti
Amor e felicidade
Também reparti
Alegria e amizade
Lindo! Este dia de Natal!
Carolina Ferreira



A festa de Natal
que nesse dia aconteceu
foi bem gira e divertida,
toda a gente a mereceu.

Fizemos um teatro
rimos às gargalhadas
e por fim ofereceram-nos
umas boas rabanadas.

Fizemos um comboio
cantámos lindas canções
desculpem se nos enganámos
foi das atrapalhações.

Tenho pena que não seja
para sempre dia de Natal
haveria mais paz e alegria
e o mundo nunca seria igual.
Carolina de Abreu

A Festa de Natal

        Quando tocou a campainha, para a entrada no último dia de aulas do primeiro período, começámos por fazer um sapatinho de Natal em cartolina.
        Depois fomos ver o corta-mato e ficámos muito contentes porque tivemos três colegas que ficaram nos primeiros lugares.
        No refeitório fomos comer filhós e fatias douradas, acompanhadas de leite com chocolate. A seguir dirigimo-nos para o ginásio para cantar a músicas de Natal. Alguns meninos fizeram um comboio, saltámos e brincámos.

Mariana Domingues



O melhor dia!

O dia começou com muita energia para os participantes do corta-mato escolar. Primeiro, os maiores e depois os mais pequeninos. O meu colega António Nabais ficou em primeiro lugar. Foi um justo vencedor.
Depois, eu, a professora, o Zé, o Miguel Silva e nós todos fomos comer filhós e também bebemos cacau quentinho. Acabou-se o cacau e bebemos leite de pacote, também com chocolate.
         Fui brincar com os meus colegas, encontrei a minha mãe e gostei muito de a ver.
Às 12 horas em ponto, fomos cantar as canções de Natal.
         Foi o melhor dia de escola!

Eduardo Silva

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL!



Festejamos com a família e amigos. 
Estalamos os dedos e começa a nevar.
Sabemos que nesse dia nasceu o menino Jesus.
Trabalhamos, em conjunto, para fazer as filhós.
Abrimos as prendas.



Damos as mãos e cantamos com alegria.
Escolhemos a comida que queremos.


Não há desgraças nesse dia.
Apreciamos a comida que está na mesa.
Trazemos as prendas para oferecer.
Acordamos com muita alegria.
Libertamos e partilhamos a felicidade.

Mariana Moreira



    NATAL, junta-se a família.
 MARIA recebe JESUS.
   
Trazem prendas os Reis Magos.
   
A família adora o presépio.   
     Lá no céu brilha uma estrela.

Catarina Farias


 Natal
Estava um menino, em casa, à lareira com o pai e com a mãe. Os pais decidiram ir montar a árvore de Natal e o presépio e cada um fazia a sua tarefa. O pai montava a árvore de Natal, a mãe o presépio e o filho ajudava-os.
Quando acabaram de fazer tudo, os três membros da família optaram por ir às compras para a noite da Consoada. Compraram couves, batatas, bacalhau e peru.
O bacalhau cozia no fogão e o peru assava no forno.
Quando acabaram de fazer a comida, vieram os convidados: os avós, os tios, os primos…
Acabaram de comer, foram para a sala e os primos foram jogar snooker com o menino.
Chegou a meia-noite. Abriram-se os presentes e todos adoraram. O menino teve um presente muito bonito e que muito apreciou, uma pista de carros de rally.
O menino voltou para a lareira e pensou nos meninos pobres…

Eduardo Silva


Festeja-se o Natal.
Embrulham-se as prendas.
Sorrimos e cantamos.
Trocam-se prendas com familiares e amigos.
Andamos com alegria.

Damos as mãos
Em união.

Na época natalícia                                  
Amamos e dançamos
Todos unidos.
Anjos anunciam
Luz e esperança!

Maria Inês Neves



Uma história de Natal
         Era Natal e a família da Joana estava reunida em casa da avó Júlia. No ar sentia-se um cheiro a rabanadas e a filhoses. No corredor havia uma grande correria, as crianças brincavam em volta da árvore de Natal. A sala estava decorada e com a lareira acesa.
         De repente bateram à porta:
         - Será o Pai Natal? – gritou a Maria que era a mais nova.
         - Vamos ver? – disse a avó Júlia.
         - Ao abrirem a porta viram um menino, um pouco triste e perguntaram-lhe:
- Como te chamas? Estás perdido?
         -Sou o Manuel, ia a passar e ouvi os meninos a brincar, vi tantas luzes e cheirou-me tão bem que resolvi bater à porta. Na minha casa não temos luzes, temos pouca comida e não há tanta alegria.
         -Avó, avó – gritaram os primos – deixas o Manuel passar cá o Natal?
        A avó olhou para o Manuel, gostou tanto dele e respondeu:
        -Tenho uma ideia melhor, vai buscar os teus pais e irmãos e venham passar o Natal connosco!
        - Boa!- gritaram todos - Agora já temos mais amigos para brincar.
         A família do Manuel e a família da Joana passaram um Natal ainda melhor e houve presentes para todos.
         -Foi mesmo divertido! -disseram os primos.
         O Manuel passou a fazer parte desta família.

Mariana Galvão


O Natal do Ricardo

            Faltavam quinze dias para o Natal e o Ricardo e o pai foram procurar um pinheiro de Natal e o musgo para o presépio. Quando chegaram a casa, decoraram tudo com fitas, bolas e mais coisas.
Passaram-se duas semanas e finalmente tinha chegado a noite que o Ricardo tanto ansiava. Logo de manhã ele, as irmãs Clara e Sofia, o irmão Tiago e os pais foram dar um passeio pelo seu enorme jardim. Percorreram o longo caminho até ao riacho e deitaram-se sobre as flores. Após o almoço o Ricardo foi brincar com os irmãos e com dois primos (o Bernardo e a Bernardete) até à hora da Consoada.
Ao jantar comeram sopa de peixe, bacalhau “Espiritual” e por último as deliciosas sobremesas da avó Matilde, entre elas, mousse de chocolate, arroz doce, salada de fruta, etc. Estiveram presentes o Ricardo, os irmãos, os pais, os avós, os primos e os seus pais, sendo ao todo catorze pessoas.
Antes da meia-noite, hora de abrir os presentes, os mais novos divertiram-se com diversas brincadeiras. Também foram ao largo da Igreja da aldeia, ver o madeiro. Assim chegou mais rapidamente a hora de abrirem as prendas. O Ricardo recebeu um livro dos avós, uma escova de dentes eléctrica e uma bola de futebol dos tios, umas luvas da Clara, um jogo de computador do Tiago, uma mota dos pais, (visto que ele já completara os dezasseis anos), um gato dos primos e um beijinho da Sofia que tinha apenas três anos.
Mas o Ricardo também ofereceu alguns presentes. À Sofia deu-lhe uma boneca, ao Tiago um CD, à Clara uma caixa de maquilhagem. Aos pais ofereceu uma máquina de massagens, aos tios um DVD, às avós um livro sobre culinária, aos avôs uma boina e aos primos um cão.
Após a troca de presentes, O Ricardo e a família deliciaram-se com o tronco de Natal, com filhós, bolo de chocolate, queijadinhas acompanhados de um delicioso chocolate quente. O Ricardo, os irmãos e os primos deitaram-se por volta da uma da manhã.
            No dia de Natal, levantaram-se às nove horas, para se prepararem a tempo de ir à missa, que era às dez horas. O almoço decorreu novamente em família. Depois deste os meninos foram jogar às escondidas para o jardim.
            E assim decorreu mais um Natal em família.


Miguel Rodrigues