Se eu fosse um livro de histórias
Eu gostaria de ser um livro de histórias para as crianças me lerem e para se divertirem com as minhas aventuras.
Houve um dia em que eu senti qualquer coisa muito diferente em mim, mas não sabia o que era até que me apercebi, era um livro, um livro de histórias.
Eu estava numa prateleira de uma livraria à espera de ser comprado e parecia que ninguém reparava em mim. Os dias passavam e eu ficava no mesmo sítio e às vezes até pensava que não gostavam de mim.
Certo dia entrou um senhor na livraria e fiquei muito contente quando o vi dirigir-se a mim. Pensei: “Finalmente alguém me vai levar para casa”. O senhor pegou em mim, leu a contracapa e sorriu, dirigiu-se ao balcão, pagou e levou-me com ele.
Fiquei muito feliz quando soube que era uma prenda para o seu filho e todos se reuniram para ouvirem ler as minhas histórias. A partir desse dia fui lido várias vezes e deixava as pessoas sempre felizes.
Ana Castilho
Se eu fosse uma borracha
Eu gostaria de ser borracha, porque é pequena e cabe em todo o lado. Eu queria que o meu dono fosse o Tomás.
Um dia imaginei e isso aconteceu mesmo. Estava no estojo e, de repente, um menino abriu-o. Eu achei estranho. O menino tinha uma prova e precisava dos seguintes materiais: lápis, caneta, borracha e afiadeira. Arrumou tudo dentro de um estojo fechou-o e meteu-o na sua mochila.
Depois disse:
- Já tenho tudo pronto, só falta ir tomar o pequeno-almoço e sair de casa.
Eu, a borracha, como era pequena fui fácil de arrumar, ao contrário do lápis e da caneta que são compridos.
Vou ajudar este menino na prova, onde ele tiver erros, para que ele consiga ter uma boa nota.
Inês Mendes
Se eu fosse um cão durante um dia
De manhã, quando acordei, era um cão de manchas castanhas e brancas. O meu dono, de repente, entrou no quarto onde eu estava e eu fui rapidamente para debaixo da cama.
O meu dono chamava-se António Manuel, que acabou por ir para a cozinha. Eu saí pela janela, dando um salto enorme, e fui para o quintal. Quando o meu dono saiu de casa reparei que tinha duas filhas chamadas Joana e Ana. Eles também repararam que tinham um novo cão no quintal.
A família adorou aquele cão! Brincaram muito comigo e eu com eles. Levavam-me a lugares fantásticos: Paris, Madrid, Roma… Até me levavam ao Brasil, Alemanha, Argentina… Construíram-me uma casota lindíssima e muito confortável.
No final do dia deixaram-me na casota e no dia seguinte voltei a ser uma criança feliz com os meus próprios pais.
Hugo Gonçalves
Se eu fosse um pato durante um dia
Se eu fosse um patinho durante um dia, tomava banho todos os dias num laguinho muito pequeno, com a minha mãe o meu pai e três irmãos que se chamavam Alberto, Filipe e Afonso.
Todos os dias brincava com os meus irmãos depois do almoço e depois ao jantar. E também brincava com o meu pai e com a minha mãe. Era um pato muito brincalhão!
Nós alimentávamo-nos de vegetação aquática, moluscos e pequenos invertebrados. Seriam refeições diferentes, mas à boa maneira de um pato.
Na manhã seguinte, íamos logo para o lago tomar um banhinho fresquinho com água limpa, saudável e reconfortante.
Ficaria um pouco confuso se me perguntassem quantas patas eu tinha, pois não saberia se se trataria dos meus membros ou dos meus familiares.
Seria divertido ser um pato por um dia.
Eduardo Silva
Se eu fosse um dragão durante um dia
Se eu fosse dragão durante um dia teria umas grandes asas e uma cauda enorme. A minha cor seria verde com manchas vermelhas e viveria num pântano.
Um dia eu decidi fazer uma viagem à floresta com o meu amigo Unicórnio. Ele ficou entusiasmado e perguntou:
- Uma viagem à floresta? Ok! Agora?
E lá fomos nós pelos ares acima. Mal aterrámos, era uma terra húmida, o Unicórnio exclamou:
- Isto é que é a floresta que viemos visitar?! Nunca tinha visto tantas folhas!
Demos muitas voltas, umas pelos ares e outras pela terra. Finalmente chegámos a casa com uma folha e um pau de árvore que serviram de lembrança.
Miguel Silva
Se eu fosse caneta durante um dia
Se eu fosse uma caneta durante um dia, coitada de mim, estava sempre enfiada no estojo! Pois seria uma caneta verde...
É simples vou vos explicar?
A minha dona é uma menina que só gosta de canetas cor-de-rosa. Ofereceram-lhe canetas azuis, vermelhas, verdes, mas ela só usava a caneta cor-de-rosa.
Certa noite ouviu um barulho estranho vindo do estojo, que seria?
Eram as canetas que estavam a reclamar umas com as outras:
- Estou farta, és sempre a preferida da menina. - disse a caneta verde.
A menina decidiu ir espreitar para ver o que se passava. De repente, saltaram do estojo todas as canetas e a menina perguntou:
- O que se passa aqui?
As canetas explicaram que estavam fartas daquela situação, só a caneta cor-de-rosa era usada.
- Queremos o livro de reclamações! - disseram em uníssono.
A menina muito ensonada, pensou que era só um sonho, mas a partir desse dia passou a usar todas as canetas.
Mariana Domingues
Se eu fosse pássaro durante um dia
Se eu fosse um pássaro gostaria que as minhas penas fossem muito coloridas, com as
cores mais vivas do mundo. Teria umas asas muito compridas para poder voar sem
parar e, logo pela manhã, era eu que acordaria os outros animais com o meu chilrear.
Um dia, quando amanheceu fui acordar os outros animais dizendo-lhes adeus, porque ia partir para uma grade aventura. Comecei a bater as asas e parti. Lá de cima conseguia ver campos verdejantes, aldeias pequenas, cidades grandes, crianças a jogar à bola, pessoas a correr para o trabalho, lagos e até uma árvore florida, onde decidi parar e fazer o meu ninho.
Foi um dia muito divertido, porque aprendi muitas coisas novas e conheci sítios maravilhosos.
Foi muito bom ser pássaro por um dia!